segunda-feira, fevereiro 25, 2008

And the Oscar goes to...

Aproveitando esse clima de premiação na Academia, fiquei pensando sobre atuação.
Eu adoro situações em que posso interpretar. É o tipo de coisa que muda a rotina burocrática do dia-a-dia. Além disso, existe a inteligência da improvisação tão necessária nessas nossas interpretações da vida. Uma tirada perfeita é algo que admiro.
Entretanto, como tudo, existe um lado negativo: o “fazer tipo”. Trata-se de uma prática abominável, porém super valorizada na nossa sociedade de aparências hipócritas.
Todos devem seguir o mesmo padrão estético. Devem pensar do mesmo modo. Devem seguir a linha de trabalho dos seus superiores.
Na tentativa de atender expectativas sociais, cada um cria um personagem. Se houvesse um exercício de tolerância, talvez essa ferramenta não fosse tão usada. A minha é sempre profissional, competente e forte. Agora, está cada vez mais difícil manter presa a outra sensível, com medos e emoções. Aos poucos tento fazê-las conviver numa proporção mais iguaitária.
A uniformidade das pessoas só serve para oprimir lado criativo das pessoas.
Assim, vou tentar premiar o diferente com uma estatueta nesta noite.

Eu voltei ...

Eu voltei para escrever impressões do meu cotidiano.
Não sei se existe alguém lendo isso por ai, mas se tiver, sinta-se em casa para comentar.

Para ilustrar, segue uma antiga música sobre retornos...

A volta do boêmio
(Nelson Gonçalves - Adelino Moreira)

Boemia, aqui me tens de regresso
E suplicante lhe peço a minha nova inscrição
Voltei, pra rever os amigos que um dia
Eu deixei a chorar de alegria
Me acompanha o meu violão
Boemia, sabendo que andei distante
Sei que esta gente falante vai agora ironizar
Ele voltou, o boêmio voltou novamente
Partiu daqui tão contente
Por que razão quer voltar ?
Acontece que a mulher que floriu meu caminho
De ternura, meiguice e carinho
Sendo a vida do meu coração
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir
Meu amor você pode partir
Não esqueça do teu violão
Vá rever os teus rios, teus montes, cascatas
Vá cantar em novas serenatas
E abraçar teus amigos leais
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria
Em saber que depois da boemia
É de mim que você gosta mais....