segunda-feira, fevereiro 25, 2008

And the Oscar goes to...

Aproveitando esse clima de premiação na Academia, fiquei pensando sobre atuação.
Eu adoro situações em que posso interpretar. É o tipo de coisa que muda a rotina burocrática do dia-a-dia. Além disso, existe a inteligência da improvisação tão necessária nessas nossas interpretações da vida. Uma tirada perfeita é algo que admiro.
Entretanto, como tudo, existe um lado negativo: o “fazer tipo”. Trata-se de uma prática abominável, porém super valorizada na nossa sociedade de aparências hipócritas.
Todos devem seguir o mesmo padrão estético. Devem pensar do mesmo modo. Devem seguir a linha de trabalho dos seus superiores.
Na tentativa de atender expectativas sociais, cada um cria um personagem. Se houvesse um exercício de tolerância, talvez essa ferramenta não fosse tão usada. A minha é sempre profissional, competente e forte. Agora, está cada vez mais difícil manter presa a outra sensível, com medos e emoções. Aos poucos tento fazê-las conviver numa proporção mais iguaitária.
A uniformidade das pessoas só serve para oprimir lado criativo das pessoas.
Assim, vou tentar premiar o diferente com uma estatueta nesta noite.

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