quarta-feira, abril 02, 2008

Em busca de uma vida mais quixotesca.

Ontem, durante uma aula, o professor falou que só depois de reler o livro de Cervantes com 50 anos de idade é que foi capaz de desfazer aquela idéia de caçador de monstros e perceber que o protagonista é na verdade um sonhador que tenta derrubar as opressões da vida em sociedade.

Na sua visão, Dom Quixote quer acabar com os moinhos como um modo de destruir os nossos monstrinhos do dia-a-dia e a sua coragem vêm do amor a Dulcinéia. E ela nem é bonita. A coragem vem de um amor verdadeiro e motivador.

Será que ainda hoje somos capazes de perceber como o amor pode ser modificador? Será que usando essa força podemos mudar a nossa realidade?

O mestre queria passar uma idéia de justiça solidária.

Eu e o meu romantismo queremos que esse sentimento narrado por Cervantes ainda exista. Tomara que eu e vc, querido leitor, consigamos acabar com os moinhos do egoísmo e do isolamento para corajosamente nos jogarmos num mar de sentimentos como o herói do romance.

3 comentários:

Unknown disse...

Basta que seja amor de irmão!

Bruno S. disse...

Olha, que existe, existe. Os sentimentos "puros" nunca deixam de existir, mas a recíproca é verdadeira para tudo que há de ruim no ser humano...

Galega disse...

O que me incomoda é a valorização do sofrimento. O caso da menina Isabela, por exemplo, é incontestavelmente um desgraça. Mas será que não houve nenhuma outra coisa positiva que pudesse ser notícia nesses últimos dias.
Carinho, dedicação, solidariedade acabam sendo vistos como algo que não precisa ser valorizado.